Foi-se o tempo em que a preocupação maior dos pais era proporcionar educação, comida, moradia e segurança aos filhos.
Atualmente sabemos que prepará-los emocionalmente para a vida é de suma importância e que não é uma tarefa fácil. É preciso prepará-los para que estejam seguros e confiantes diante das surpresas que a vida reserva a todos os seres humanos.
É aí que o papel da família é fundamental, pois é através dos comentários da família que a criança forma sua auto-imagem de maneira positiva ou negativa.
Se o olhar da família for direcionado somente para os “defeitos”, há uma grande possibilidade de comprometimento da confiança e da capacidade de pensar da criança, podendo torná-la desmotivada, não só na vida escolar, mas principalmente no enfrentamento dos desafios da vida.
Pensamos que família e escola devem caminhar juntas no sentido de destacar os pontos positivos da criança e também, reassumir seus próprios pontos positivos, repensando o papel do educador.
É importante que família e escola apontem os atributos positivos, por exemplo, elogiando!!! As tentativas fracassadas merecem incentivos, assim como o reconhecimento dos primeiros sinais de melhora.
Lembre-se que é impossível resolver um grande problema sem ter ultrapassado pequenas etapas, portanto ajude-o, fique ao lado, oriente, permita que ele enfrente as dificuldades e frustrações, pois só assim é possível adquirir segurança e independência.
Estudos comprovam que crianças educadas em ambientes que valorizam o desenvolvimento emocional, trabalhando para que as crianças cresçam com segurança emocional e boas auto-estimas apresentam maior capacidade de estabelecer vínculos sadios com as pessoas.
Crianças pequenas não devem assumir a mesma rotina de adultos, com uma agenda de compromissos que concorrem com os pais, nem adolescentes podem ser tratados como bebês, isentos de qualquer responsabilidade sobre seus atos.
Nossos filhos precisam ser preparados para enfrentar perdas, derrotas, humilhações e injustiças. O que diferencia os jovens que fracassam dos que tem sucesso não é a cultura acadêmica, mas a capacidade de superação das adversidades da vida.
Fique atento a atitudes de comodismo, inflexibilidade, alienação e falta de vontade de crescer, pois podem ser indicadores de pedido de ajuda.
Então qual seria o papel do professor no contexto atual? O de sempre, a busca pelo próprio saber, o prazer de ensinar que deve existir na relação do professor com seus alunos, como nos diz Rubem Alves: “ O mestre nasce da exuberância da felicidade”.
É essencial que o professor volte a (re)encontrar seu espaço, seu lugar que foi se confundindo com o passar do tempo, com a perda dos valores éticos e morais e assuma a postura de educador no sentido amplo da palavra – detentor de conhecimento, construtor/preparador de indivíduos críticos, analíticos e responsáveis, delimitador das regras e normas, fazendo de seus alunos, cidadãos.
Para isso, é necessário que não se sinta “ameaçado” pelos gritos e berros que escuta em sala de aula, nem tente retribuir no “olho por olho, dente por dente”, mas possa ser firme sendo dócil, exigindo respeito sem ser autoritário, fazendo seu trabalho de maneira criativa; enfim, que tenha a certeza de estar no lugar certo fazendo a coisa certa.
O verdadeiro otimismo é construído pelo enfrentamento dos problemas e não pela sua negação.
Texto baseado em encarte do Colégio Santana – Colaboração de Helenita da Penha Oliveira – Outubro/2010